A partir deste mês de novembro começa a Piracema, movimento dos peixes em cardumes rio acima para se acasalarem e reproduzirem. A palavra Piracema é de origem indígena: pira=peixe e cema=subida. Os índios, com sua sabedoria primitiva, já observavam este fenômeno.
Os peixes de piracema, conhecidos também como migradores, necessitam fazer um esforço físico intenso subindo o rio, para estarem em condições de reproduzir. Com a chegada das chuvas, eles sabem que é hora de ir para os locais de desova. Alguns chegam a nadar centenas de quilômetros em poucos dias.
As lagoas marginais, são “berçários” dos peixes e desempenham um papel muito importante. Adultos entram para desovar, ovos e larvas que descem à deriva também se depositam ali, encontrando abrigo seguro. Os peixes juvenis que se encontravam aprisionados desde o ano anterior se veem livres para povoar o rio.
Daí a importância de preservar estes ambientes.
FIQUE ATENTO PESCADOR
Para portar o equipamento de pesca e o pescado é importante manter sua licença atualizada. Procure se informar melhor sobre as normas durante o período de Defeso, consultando as portarias estaduais da Piracema no site. www.ief.mg.gov.br
Os equipamentos permitidos durante o período de Defeso são: linha de mão com anzol, vara/caniço simples, equipados ou não com carretilhas, molinetes ou outras máquinas de pesca, com isca naturais ou artificiais.
O instinto de preservação das espécies é grande e, já cansados da jornada, os adultos se tornam presa fácil de predadores. Muitos pescadores se aproveitam desta fragilidade para pescá-los com grande facilidade. Agindo desta forma, contribuem para a redução drástica dos recursos pesqueiros.
Mesmo antes da Piracema muitas fêmeas que sobem o rio já estão ovadas. Vai da consciência de cada pescador, soltá-las ou não, como também praticar a pesca de forma responsável.
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